quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Pior que não saber descrever um grande amor, é não saber descrever uma ilusão.

Pior que não saber descrever um grande amor, é não saber descrever uma ilusão.


Você, quando ama, pode deixar a caneta e o papel de lado, pode chegar junto, e não desgrudar um segundo do seu amado. Você pode surtar de alegria, pode gritar de felicidade. Porque prefere mil beijos a frases de efeito que explane essa verdade. Quando você ama, você não pensa no pior. Não gosta de sentir a separação, nem que ela dure os cinco dias do meio da semana. Não gosta de ficar testando seu coração, nem que seja por uma vontade passageira e insana. Quando você ama, você quer sentir cheiros inesquecíveis, roubar beijos inesquecíveis, receber abraços inesquecíveis, viver momentos puramente, intensamente, extremamente inesquecíveis. Mas quando acaba e você se ilude, o que fazer com tudo isso? Quando você se ilude, o papel e a caneta é a única coisa que resta em suas mãos, as quais você ainda tem algum controle sobre. Você pode surtar, mas de saudade, pode gritar, mas seria descontrole mental. Quando você se ilude, só consegue pensar no pior. Sente na pele a separação, e misturada a uma overdose de sentimentos, indentificando a pior decepção, a temível frustração, e a propriamente dita, ilusão. Os dias, agora vazios, viram eternidade. E os ponteiros do relógio marcam os ridículos segundos que você passa se lembrando e sentindo saudade. Seu coração vira uma tempestade e seus olhos uma pista alagada. Quando você se ilude, você quer esquecer os cheiros inesquecíveis, os beijos inesquecíveis, os abraços inesquecíveis, os momentos puramente, intensamente, extremamente inesquecíveis. E ninguém disse que ambos seria fácil.
Quando existe amor, tem sempre alguém que não quer ver o fim. Mas quando chega o fim, tem sempre alguém que não está nem aí.
Porque quando você passa a amar alguém, se seu mundo desabar, você sabe que esse alguém sempre estará aqui. Mas quando o amor vira ilusão, quem seguraria seu mundo, se torna o irônico motivo pra fazê-lo cair.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010


Talvez, eu não desejasse tantas coisas assim.
Talvez, eu não sofresse tanto.
Talvez, eu não aprendi nada.
Talvez, eu nem soube ser forte.
Talvez, eu realmente precisasse de ajuda.
Talvez, eu nem estivesse certa.
Talvez, o que sinto não seja o suficiente.
Talvez, minhas ideias sejam fora de hora.
Talvez, eu tenha a certeza que.. não sei mais de nada.
E que tudo seja só um talvez.


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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Adeus

Dizer adeus é ruim, tão ruim que nunca dá vontade de dar, mesmo quando já premeditamos lamentações futuras, bobas, desnecessárias, mas bem reais. Dizer adeus é ruim, tão ruim que procuramos caminhos mais fáceis, porém, nem sempre o caminho mais fácil é menos doloroso. Nem sempre o que achamos ser certo é o certo a fazer. Por isso dizer adeus é tão triste. Ninguém diz "adeus" sorrindo", pelo menos ninguém que tenha o mínimo de sensibilidade que seja. E dizer adeus é tão difícil quanto encontrar alguém que ainda saiba o que é sentimento. Mas entre tais lamentações, por um adeus, não vale o sofrimento.



Quando te fazem acreditar em palavras, quando mostram um caminho e em seguida te deixam desamparada, ou até quando soltam a sua mão e viram as costas sem dizer nada, é muito difícil sim, pronunciar, digerir, entender, ouvir, aceitar um “adeus”.


Mas já gritava Fernando Pessoa “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.


Tudo passa, e só permanece na sua vida o que realmente sempre te pertenceu!